terça-feira, 31 de julho de 2012

Quadro de Mark Rothko

 Quadro de Mark Rothko

A arte tem destas coisas. Um pequeno espectador depara-se com um quadro a condizer com a sua roupa... Ou será o contrário?...

Michelle Obama

“We are proud of you all.” 
"Estamos orgulhosos de todos vocês - Disse a Primeira Dama aos membros da equipa de Ténis dos EUA, em Londres durante os Jogos Olímpicos de 2012.

É este abraço apertado e sincero, que distingue Michelle Obama de todos os outros membros oficiais que visitam os seus atletas.
É esta proximidade, humildade, alegria e simpatia, que torna a mulher do Presidente dos Estados Unidos da América, numa pessoa tão respeitada e um exemplo para as Primeiras Damas de todo o Mundo.
O casal Obama é um exemplo de proximidade e empatia, não só com os americanos mas também aos olhos de todo nós. Pelo menos os mais sensíveis...
Eu gosto dela, gosto do Barack e gosto dos valores familiares e democráticos que o casal pretende transmitir.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Vestido de porcelana


Vi este vestido num blog do artista brasileiro, Fábio Carvalho, chamado Porcelana Brasil.
A peça foi feita pelo artista chinês Li Xiaofeng, que criou várias peças de roupa usando cacos de porcelana das dinastias Ming, Yuan e Qing.


Deixo-vos aqui o link da página do referido Blog, para poderem ver as outras peças.



http://porcelanabrasil.blogspot.pt/2011/01/roupas-de-porcelana-de-li-xiaofeng.html?showComment=1343398308703#c3068087200378909712


Adorei todas, mas achei este vestido fascinante!

Esperando Godot

A propósito de um artigo no Jornal Público, com o título "À espera de Godot nos Estaleiros de Viana do Castelo", fui à procura do resumo desta peça de teatro de Samuel Beckett para saber exactamente de que trata e quem era Godot. Embora já tivesse lido tantas vezes este título e expressão, na verdade não conhecia a peça.
Então o resultado da minha pesquisa é a seguinte:

Foto de Wolfgang Pannek

Num lugar indefinido - Estrada (caminho) do campo, com árvore, á noite - dois amigos se encontram: Estragon e Vladimir. A primeira frase dita na peça, por Estragon, já indica a inutilidade da presença deles naquele lugar:"nada a fazer" (rien à faire). 
Eles lá se encontram para esperar um sujeito de nome Godot. Nada é esclarecido a respeito de quem é Godot ou o que eles desejam dele. Os dois iniciam um diálogo trivial que só será interrompido quando da entrada de Pozzo e Lucky. O aparecimento destes assusta os amigos, ainda mais pelo modo como os dois vêm: Pozzo puxa uma corda que na outra ponta está amarrada ao pescoço de Lucky. Lucky por sua vez carrega uma pesada mala que não larga um só instante. Entende-se pela situação que Pozzo é o patrão e Lucky seu criado. Os quatro trocam palavras, cada um com seu drama pessoal, até que Pozzo e Lucky saem. Em seguida, entra um garoto para anunciar que quem eles estão esperando - Godot - não viria hoje, talvez amanhã. Fim do primeiro ato.
O segundo ato é a cópia fiel do primeiro. O cenário é o mesmo, a menos da árvore que está um pouco diferente, com algumas folhas. Estragon e Vladimir voltam para esperar Godot, que talvez apareça nesse dia. Iniciam outro diálogo trivial, interrompido outra vez pela chegada de Pozzo e Lucky. Só que, inexplicavelmente, Pozzo está cego e Lucky está surdo. Dialogam. Após a partida destes, aparece um garoto (diferente do garoto do primeiro ato) anunciando que Godot não viria hoje, talvez amanhã. Pensam em se enforcar na árvore, mas desistem, ante a impossibilidade do ato ser simultâneo. 
O diálogo final, que encerra o ato e a peça é o seguinte:
Vladimir: Então, devemos partir? (Alors, on y va?) (Well, shall we go?)
Estragon: Sim, vamos. (allons-y.) (Yes, let's go.)
Eles não se movem. (Ils ne bougent pas.) (They do not move.)
É melhor acabar com a agonia ou continuar esperando Godot?
Não há dúvida de que me identifico com esta espera por coisa nenhuma...
Estou há anos à espera que alguma coisa aconteça no meu trabalho, que alguma coisa se defina, que alguém tome uma posição, que diga sim ou sopas... enfim, eu continuo presa a uma coisa que não sei se é boa ou má, se acaba ou continua... mas cá estou.
Fica a sensação de ter onde ir todos os dias, um objectivo. Principalmente porque me pagam por isso, tal como os funcionários dos Estaleiros de Viana do Castelo, que não têm trabalho mas vão diariamente para o Estaleiro.
São os sonhos também que nos fazem ser o que somos, e são eles também que nos mantém vivos.
Eu também tenho o meu Godot, é claro.
E, enquanto espero por Godot, continuarei a ir para o meu trabalho, fazer as minhas pesquisas, escrever no meu blog, escrever as biografias dos meus antepassados, contactar com os meus amigos nas redes sociais... imaginando de que conversaremos se ele finalmente aparecer.

Estragon - Espere! Eu me pergunto se não teria sido melhor que a gente tivesse ficado sozinho, cada um por si. Nós não fomos feitos para a mesma estrada.
Vladimir - Isso nunca se sabe.
Estragon - Não, nunca se sabe nada.
Vladimir - Nós ainda podemos nos separar; se você achar melhor.
Estragon - Agora é tarde demais.
Vladimir - É, agora é tarde demais.
Estragon - Então, vamos?
Vladimir - Vamos.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Às minhas Avós

Como hoje é o Dia dos Avós, aqui deixo a minha homenagem às minhas duas Avós
Maria Mercês de Lemos Peixinho e Maria Alice Lucas

"Meu Fado" de Maria Suzete Lemos Ferreira


Não sei se já vos disse que tenho muito orgulho que a minha Mãe ande numa Universidade Senior.
Descobriu vários interesses depois de ultrapassar aquela barreira da idade em que todos acham que estão acabados, porque se reformam do trabalho e acham já não têm nada que fazer nem para aprender.

Aos 75 anos anos a minha Mãe descobriu que queria aprender a pintar a óleo e aguarela, aprender espanhol, aprender a ler Poesia. E foi aprender...

Hoje, passados 5 anos, o resultado são as dezenas de quadros pintados espalhados pela casa. Cada qual o mais bonito, embora ela diga sempre que não. Mas de alguns até a minha Mãe se orgulha (e com razão) pois até os mandou emoldurar.

E também se orgulha de dizer bem Poesia. Sim a minha Mãe descobriu a Poesia e declama muito bem. Já participou de vários eventos poéticos e saiu-se muito bem.
E mais importante, além de começar a gostar e ler poesia, também começou a escrever.


Aqui está a prova final, na exposição dos trabalhos dos alunos da Unisseixal. 
Um poema muito bonito com o título "Meu Fado".

Cruz Quebrada - Seixal


Ontem voltei a uma reflexão que tinha feito já há alguns meses, quando me reencontrei com vários amigos de adolescência de quando vivi na Cruz Quebrada.

Ontem passei a caminho de casa, pela praia do Seixal. Admirei-me por ver tanta gente naquela meia lua de areia à beira da Baía do Seixal, de águas nada limpas, embora tenha vindo a melhorar desde que diminuiram os despejos dos esgotos...
Enfim... o local é muito bonito, a água deve ser fresquinha e não há nada melhor do que ter uma praia perto de casa. Mas...

Lembrei-me dos tempos em que frequentei a praia da Cruz Quebrada. É isso mesmo. Eu fui em tempos, à praia que hoje é mais do que interdita por causa da poluição. E garanto que naquele tempo já a água era castanha, mas era a praia onde toda a gente ia. Todos os meus amigos do basket e respectivas famílias frequentavam aquela praia, que em tempos foi famosa e muito boa.

Era o nosso ponto de encontro no Verão. Era obrigatório mergulhar da muralha, tanto para o lado do mar, como os mais afoitos mergulhavam para o lado do Rio Jamor. Isso então era o risco máximo. O Rio então era abjecto e malcheiroso. Nunca percebi o atractivo, devia ser o risco máximo. Ou a máxima estupidez!

Eram coisas de garotos inconsequentes.

No ano passado, depois de me reencontrar com esse grupo de amigos de adolescência e juventude, apercebi-me que daquele conjunto de 30 ou 40 pessoas, apenas 2 tinham frequentado e concluído algum curso superior. Um é professor de educação física, outro (por acaso a mulher dele) é fisioterapeuta.

Mais ninguém tirou um curso superior (eu e o meu irmão incluídos).

A minha conclusão, ou dúvida, será de que seria culpa da água do Tejo, quando íamos à praia, a água do Jamor, tão malcheirosa, por cuja margem percorríamos para ir apanhar o combóio, ou apenas a água das torneiras daquela zona?

Alguma influência terá tido a Cruz Quebrada quanto a este facto. Não acham estranho que quase todas as pessoas de uma geração que viveu numa determinada zona, ninguém teve interesse ou capacidade intelectual ou financeira(?) para seguir os estudos até a uma Faculdade?

Será por alguma razão que eu comparo várias vezes a Amora/Seixal onde vivo agora, à Cruz Quebrada, onde vivi dos 9 aos 17 anos.


segunda-feira, 23 de julho de 2012

Alugar ou comprar

Estou mais do que arrependida por ter comprado uma casa.
Cada vez mais me convenço de que cometi um erro enorme por me ter deixado influenciar pela ideia de que ter uma casa era muito importante, porque é um bem imóvel que é "nosso".
Porque assim temos algo para deixar aos nossos herdeiros.

Mas é uma grande mentira!

1º - A casa não é minha, é do banco. Por uns largos anos terei de pagar a casa sem nunca chegar ao fim...
2º - É impossível vender a casa neste momento, nem sei se poderei algum dia vendê-la, por estar tão desvalorizada.
3º - Vou estar presa a esta casa para sempre, ou seja, nunca vou poder mudar de casa para outro local ou melhor prédio, nunca até aceitar vendê-la por um valor muito inferior.
4º - Não posso mudar de prédio a precisar de obras, sujo, de vizinhos horríveis...
5º - Se mudasse de emprego ou de local de trabalho, tinha de alugar outra casa ou vender esta ao preço da chuva.
6º - Vai ser uma chatice para os meus herdeiros, porque eles também não vão querer a casa para nada e só vão ter trabalho a vender.

Gostava tanto de mudar de casa!
Devia ter alugado uma casa, agora podia rescindir o contrato e alugar outra, onde me apetecesse...
Ohhhh...

Queria tanto ter um pequenino jardim, uma varanda... não precisava ser muito grande... mas tinha de ser noutro sítio!

Vou ter de gastar muito dinheiro no Euromilhões a ver se me sai qualquer coisita. Ah pois... LOL

terça-feira, 17 de julho de 2012

Parede e Carcavelos

Há lugares onde me sinto em casa, e um deles é na Parede ou em Carcavelos.

Vivi na Parede, de 1987 a 1997. E em Carcavelos de 1997 a 2002. 
Mudei apenas do início de uma avenida para o fim da mesma -a Avenida dos Maristas.
Mudei de uma localidade para outra, avançando apenas uns 600 metros.
Vivi nesta zona 15 anos e adorei!
Adorei esta praia, os restaurantes, as lojas, o cinema, estar perto do mar, perto do comboio, perto de Cascais e ter tudo ao pé de casa.

Na praia da Parede havia um restaurante à beira de água, nas rochas, onde ia eu almoçar um bom peixe grelhado no Verão. Outro restaurante por cima, para o Inverno.
Era célebre pelos efeitos medicinais da lama com que as pessoas se banhavam, e uma tábuas em que se deitavam nas pedras.
Isso mudou, sofreu obras, está mais moderno, mais bonito. Não está tão pitoresco, é certo...

As tábuas foram substituídas por elegantes cadeiras pagas, mas enfim, ainda apetece ir comer uma sardinhada nas novas esplanadas à beira-mar.

Tinha de ir molhar os pés, o mar até me parece mais limpo e quente. Tive pena de não tomar um banho.

Tenho de voltar mais vezes a esta praia, a estes lugares que me fazem tão bem. 
 Matar saudades de tempos felizes. Porque este é um dos lugares onde me sinto em casa.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Presente da Tia Maria

Este fim de semana fui a Coimbra para o 1º encontro da Família Caetano. Foi giríssimo. Conhecer pessoas tão interessantes que estão tão perto de nós através de laços sanguíneos, mas que desconhecíamos completamente. Foi uma emoção.
Mas depois do almoço recebi um presente muito valioso da minha Tia Maria. Fiquei muitíssimo feliz pelo carinho, gentileza, amizade e alegria com que a minha Tia me ofereceu.2 peças que tinha herdado de alguém, mas que sabia que tinham um significado especial para mim.
Um bule e uma leiteira da Fábrica Lufapo Lusitânia de Coimbra, que como sabem, foi onde trabalhou o meu avô Francisco Caetano.
Foi um presente especial num dia especial para os Caetanos.
Falta a tampa do bule, o que quer dizer que tenho de visitar umas Feiras de Antiguidades à procura de uma. Quem sabe alguém dos meus conhecidos especialistas em cerâmica e feiras de velharias me sabem indicar o melhor local para procurar tampas soltas...

Estas florinhas aparecem em várias peças da Lufapo, pelo que penso ser um motivo recorrente nos anos 40 e 50 desta fábrica.
E para finalizar, a marca Lufapo Lusitânia, a que me habituei e que já reconheço as peças, por vê-las por tantos anos e usa-las em casa dos meus avós.

Muito obrigada, Tia, por este belo e inesperado presente, e pela amizade que partilhamos há tantos anos.

Olaria do Corval

Gosto das cores com que pintam as peças de olaria alentejana. Vi numa estação de serviço na autoestrada A1 algumas peças mas gostei deste cinzeiro só por causa das cores fortes e alegres.
Depois fui informar-me sobre esta Olaria Carrilho Lopes.

São Pedro do Corval é considerada a capital ibérica do barro. Com cerca de 22 olarias e cerca de três dezenas de artesãos, São Pedro do Corval é uma verdadeira escola da olaria tradicional. Mantendo intacta a sua raiz artesanal e cultural desde à centenas de anos, é considerada uma verdadeira aldeia de artesãos.
As olarias de São Pedro do Corval datam a sua existência desde o período árabe, por volta do ano de 1276. As peças de olaria com os seus padrões únicos e característicos, são um verdadeiro espelho da vida rural e tradição de São Pedro do Corval. As peças desta zona impõem-se naturalmente pela beleza da sua composição e o seu efeito decorativo único.
Foi no maior centro oleiro do país que surgiu a Olaria Carrilho Lopes. A 21 de Março de 1970, em São Pedro do Corval outrora chamada Aldeia do Mato, que pertence ao concelho de Reguengos de Monsaraz. Agostinho Gens Lopes Cachaço constitui, em nome individual, a olaria que hoje é gerida pelo seu filho, Antonio Carrilho Lopes.
A tradição oleira na família é secular, remontando ao tempo Francisco Lopes Cachaço, pai do fundador e avô do actual gerente.